Ao meu corpo
O corpo me limita, mas é tudo
que posso por enquanto. Sou mesquinha,
eu sei, na pequenez em que desnudo,
que excito o meu exército na linha
de fogo, no combate feito ludo,
com pele depilada, tão fresquinha,
com musse pelo musgo, no miúdo,
no gozo da beleza que definha.
O dúbio delimita a decisão,
decide-se, em efêmero cotejo,
de espírito e matéria por cisão.
Cindidos, que se danem ao despejo!
Por mim me basta a carne sem razão,
o corpo que eterniza o meu desejo.
O corpo me limita, mas é tudo
que posso por enquanto. Sou mesquinha,
eu sei, na pequenez em que desnudo,
que excito o meu exército na linha
de fogo, no combate feito ludo,
com pele depilada, tão fresquinha,
com musse pelo musgo, no miúdo,
no gozo da beleza que definha.
O dúbio delimita a decisão,
decide-se, em efêmero cotejo,
de espírito e matéria por cisão.
Cindidos, que se danem ao despejo!
Por mim me basta a carne sem razão,
o corpo que eterniza o meu desejo.
*** Quem ainda não conhece o Marcos Satoru Kawanami está perdendo - e muito! O cara é um excelente poeta e postou, para nossa felicidade, novo texto hoje. Convido todos aqueles que gostam de boa poesia a clicarem aqui.