quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Poeminhas de apelo popular VII




Louça

Alvoroço!

Aos soluços, nos ouça,
que nem há solução.
Ao sismo que balouça,
ossos, cacos de louça,
o seu composto vão:
solo & chão.





aquarela

solo
de esteta
sob o lençol
uma chupeta

raios de sol
são tetas
pétalas
asas de brabuleta




auto-ajuda manual

ei!
que a essência zele
parede à flor da pele
bem melhor que a gisele

calendário pirelli

pirei!...


estrambote cínico:
por que as modelos da pirelli não têm pneuzinhos?

estrambote cínico 2:
e a aquaplanagem, pode ser?!




Antropomorfismo

Usa na camisa um "FUCK YOU!",
fantasia de Pinóquio.

Tenha um pouco de amor próprio,
osso, carne, sangue e ópio.

Retirado o ser em ócio,
pronto!, põe no peito um dócil.




Dos males

Há males que vêm, parabéns!





Das malas

Há malas que vêm,
Há malas que vão.
Os lamas do zen
Delas se esquivam.

Amá-las?
Não!
Amá-las?
Nem...





pop-up-and-down

não sou curto
não sou cult
nem tenho orkut...

me oculto?




avatar

meu perfil é fake
fazer é to make
punk com pancake
dentição de snake




Conto

O meu ponto
não dá conta
nem conto,
mas... faz-de-conta
e, pronto,
ponto.




sus!

subo
ao púbis
e súbito
sub






somos poros & pó
in
sumos
húmus

oh!...







uma naja
macha do cão
em marcha aja
e haja chão






e tantos passam por nós
sem se enlaçarem...






Senti-la
ali, no ponto,
cintila...





de amargar

só não comi a sobremesa
porque ela fez cu doce





meio-dia

o verme
deixou uma plaquinha pendurada na lápide
"fui almoçar"




***Em tempo: o blogue literapura publicou esses "poemas" que vocês acabaram de ler. Se puderem dar uma passadinha lá - para lerem poetas bons, not me! -, é outro espaço digno de seus olhos. Clique aqui, ou , ou acolá, ou alhures...
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