sábado, 12 de setembro de 2009

Soneto marítimo


Soneto marítimo

Um homem se apaixona pelo chão
da fêmea, por seu húmus, por seu imo,
seus poros, sua pele, por seu limo,
seus líquens, pelo sumo da paixão.

Um homem se apaixona pelo primo
lavor da fantasia, comichão
nas partes que se molham ao caixão
da mínima das mortes... ai, que mimo!

Escumas de sereia que se encerra
ao cúmulo do mar em histeria,
acúmulo, o que for, e quem seria?

São dois ao inefável de extraterra,
em barco de origami e maresia,
um homem na mulher que lhe extasia.





*** Casa, poeta, voyeur profissional, antropólogo amador, taradinho pós-moderno, ex-aluno do Pimenta na 6ª série e mais uma série de coisas que não seria de bom alvitre elencar, postou um soneto (não sei se erótico ou) pornô meu, ineditíssimo. O blogue do cara Casa é o Erotório e deve ser acessado aqui.
*** Casa também está passando por uma excelente fase com seus textos no Entre as palavras e eu. Eu, portanto, recomendaria que você clicasse aqui.
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