domingo, 11 de abril de 2010

Saci


Saci

Palavra chega próximo, não diz,
Da coisa que se cumpre e que é perfeita,
Bioma do inefável que se enfeita
Silente como um selo, flor-de-lis.

Um elo para Deus que nos estreita
Sem fim pelos caminhos da matriz.
Os céus são pela terra sem país
Na pátria que se encerra sem receita.

Assim nos encontramos e coramos,
Corados por que o fraco eliminemos,
Amor que sobrevive com seus ramos.

Enfim, se somos soma assumiremos
O sumo que se assoma de somenos
Em cima do saci - e sumiremos.


*** Dica de leitura 1: José Carlos Brandão escreveu em limo para me homenagear, embora eu nem mereça tanto... Não leiam a homenagem, mas tão somente o bom poema. Isso no seu Poesia Crônica.
*** Dica de leitura 2: Iriene Borges recentemente postou uma performance tipo "na boca do estômago do coração". Eu gostei muito. Quem puder prestigiar, o texto é o "Soulilóquio", no seu Voz de Eco. 
*** O "Saci" assobiou originalmente no Verso & Prosa. Bom domingo, amigas(os)!
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