quarta-feira, 19 de maio de 2010

Da solidão

Lamparinas na Terra Pura

Da solidão

Pois, sim, da solidão, desse vazio
que é plena completude de viés,
transverso de volante pelos pés,
Mercúrio meio avesso, por um fio,

nos ares do celeste, no bravio
martírio de Rinpoche em aloés,
incenso defumando nas galés,
costume de silente, de servil,

ao solo da loção que resoluta
dispõe-se no confuso, no xadrez,
nas grades que libertam para a luta,

degraus em ascensão para que a vez
do só que está sozinho e que disputa
consigo e contra si, como vocês.


***
Share |