Pygmalion and Galatea, by Ernst Normand
Pigmaleão e Galatéia
Pigmaleão com seu engenho faz
de gênio uma perfeita na matéria
mulher sem um senão que fosse, mas
por pouco não se fez, é deletéria,
nociva que é sem vida porque jaz
em fêmea não autônoma. Confere-a,
detalhes são lá todos, satisfaz
ao visto... Desprovida que é de etérea
substância, seu porém. Desse esculpido
floresce Galatéia já no fim,
floresce com seu cabo descabido...
Não fosse pela vida vir enfim
no festival de Vênus, a pedido
do noivo de uma estátua de marfim.
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