domingo, 15 de agosto de 2010

Pigmaleão e Galatéia

Pygmalion and Galatea, by Ernst Normand

Pigmaleão e Galatéia

Pigmaleão com seu engenho faz
de gênio uma perfeita na matéria
mulher sem um senão que fosse, mas
por pouco não se fez, é deletéria,

nociva que é sem vida porque jaz
em fêmea não autônoma. Confere-a,
detalhes são lá todos, satisfaz
ao visto... Desprovida que é de etérea

substância, seu porém. Desse esculpido
floresce Galatéia já no fim,
floresce com seu cabo descabido...

Não fosse pela vida vir enfim
no festival de Vênus, a pedido
do noivo de uma estátua de marfim.


***
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