sábado, 11 de setembro de 2010

No meio da avenida


No meio da avenida

Às sete da manhã, nós sumiremos
no meio da avenida, do progresso.
Ao som da betoneira, assumiremos
os postos que nos cabem no processo.

Pedestres e veículos, sabemos...
"Desculpem o transtorno", "Sem acesso",
"Estamos trabalhando"... Concebemos
os votos às políticas de ingresso.

Há placas do governo propagando
seus feitos e afazeres, apagando
dos servos um acervo memorável.

E tudo o que fazemos não é findo,
pois dizem que há matéria reagindo...
Depois das eleições, se for viável...



*** ... e as torres ainda gemem... vide em Pan y vino!
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