"Arranjei um fraseado" - #15
Ações da cor, pelo licor de anis:
seus olhos de anilina, com requinte,
o que me requisitam, que lhes pinte
certezas, se duvidam feminis?
Amor, que me diria, não me diz?
Dissesse para agrado do pedinte,
que pede perguntando; conseguinte,
sonhando com as respostas aos ardis.
Indago do gogó de um descarado,
responda ao que já trago decorado
de cor e coração, sem demorar,
a esse xis: “Como é que você se chama?”,
e me diz: “Quando é que você me ama?”,
diz aí: “Onde é que vamos morar?”
*** Sobre samba de Noel Rosa.