sábado, 1 de setembro de 2012

Ben Clark, Contra la literatura

Contra la literatura

No hay nada más inútil que escribir.
Nada más dependiente que los libros.
Pero Alberto me llama y me pregunta
"¿Qué te está pareciendo mi novela?"
Y yo le digo bien, salvo este punto
y el momento en que dice esto y aquello
y él escucha y anota y bien parece
que aquí estamos haciendo algo importante.

Quién pudiera vivir fuera de un libro,
juntar en un hatillo las palabras
y haciéndose a la mar decir "Adiós;
me voy para morir entre las fauces
de una auténtica bestia, les regalo
la curva de mi espalda, mis bolígrafos,
el impreciso sueño de la gloria,
la implacable derrota de mi olvido".

Ben Clark



*** Cada vez frequento menos o mundo blogger, mas às vezes damos uma escapadinha e nos deparamos com coisas no mínimo interessantes. Trago aqui um poeta nascido em Ibiza (jamais imaginei que alguém pudesse ter nascido lá!), Ben Clark (foto). Poeta e tradutor, com vários livros publicados. Li apenas alguns poemas dele na rede e, por isso, me recuso a fazer qualquer tipo de avaliação. Caso tenham interesse, acessem o blog do cara aqui. Em tempo,  não traduzi o poema acima porque me parece que qualquer um pode fazer isso,  literalmente.
*** Semana On-Line é um hebdomadário que sai uma vez por semana, ou seja, de sete em sete dias há uma nova edição, ou, ainda, trata-se de um semanário que é dado a público num dos sete dias consecutivos... Estou sendo repetitivo, redundante, pleonástico? Estou sendo repetitivo, redundante, pleonástico? Ainda não entendeu? Tá, então eu vou desenhar...
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6 comentários:

Jarbas 1921 disse...

É, tá faltando ressonância. A cidadã e (agora também) o cidadão só olham ou para o próprio umbigo ou para a telinha da grobo. Conversa é fenômeno em extinção. Se você não é a grobo, cale a boca e vá pastar.

São Paulo Capital, em 1922, com 600 mil habitantes, promoveu a Semana de Arte Moderna, que reuniu 15 artistas de vanguarda (bom, nem tanto, mas melhor que nada). Será que Campo Grande, com 800 mil, não reuniria 10, entre de vanguarda e (por que não?) de retaguarda? Sem patrocínio estatal, por favor (ninguém precisa de "arte socialista", truque agora também adotado pelo capitalismo). E sem patrocínio financeiro, de vez que ninguém precisa de dinheiro para livrepensar (millôr). Para viver, os 10 iriam para os cruzamentos vender seus panfletos, desenhos, audiovisuais e manuscritos. Ou sua perfomance, tal qual malabares hermanos.

Tânia Gauto tentou algo, há alguns anos, e até mantém o seu LevanteCulturalMs blogspot, mas parecedesanimoupelaarressonância.

Que tal botar na rua nosso Oswald Pimenta de Andradenrique? Poderíamos começar com os 99+1 sonetos. 500 exemplares queimados em praça pública por ativistas moneyreligiosos propiciaria uma segunda edição ilustrada com desenhos do Bruno Fonseca (no facebook, trovaoquadrinhos, ver o ótimo Fonseca na Pastelaria), desta vez com tiragem de 3 mil, prevendo-se queima de 1500 e sobra de outro tanto para os leitores pró e (abençoados!) contra. Depois, de acordo com a teoria da Menina do Leite...

No blogspot tem um comando para deletar comentários perniciosos de leitores também.

BAR DO BARDO disse...

Jarbas, meu amigo,
sou grato que indica,
da uva e do trigo,
de como se aplica

ao mais, ao perigo
da plantação rica,
de não ser umbigo
só, mas o que fica,

nutrindo o jazigo
no berço da zica
dadá que é consigo
cuscuz de cuíca.

Jarbas 1920 disse...


Amigo Pimenta
Confesso arretado
que nada entendi
desse arra-zoado.

Cuscuz de cuíca?
Pobre do coitado,
bichinho inocente
aqui do Cerrado.

Acho que adentrei
poetoblog errado.
Vou polemizar
no blog do ATOA,
viúvas do Oswald,
aqui bem do lado.

Dadá que consigo,
dadá respeitado,
é o tal dadaísmo
que traz resultado
no surrealismo
bem fundamentado.

E assim me despeço
c'o peito magoado,
frente a conceitos
mal comunicados,
por artes do Demo
bem endiabrado.

BAR DO BARDO disse...

Jarbas, não se irrite,
tentei ser irado,
um tipo com it,
um imoderado.

Fiz isso porque
assim não se faz,
moderno tem quê
de quem não quer paz.

Levante em cultura
é golpe bem baixo,
é tanta fundura
que me desencaixo.

Na razão demente
de artista abissal,
o são é doente,
o doce tem sal.

Sem mágoas no peito,
sem mais a cuíca,
sem ais, sem efeito,
mas o cuscuz fica.

Jarbas 1919 disse...


Se agora você
retira a cuíca,
eu tiro meu samba,
que não leva zica.
Bolero não canto;
arranje outra dica.

BAR DO BARDO disse...

Abraço, Jarbas!