domingo, 15 de dezembro de 2013
Ao tédio
Ao tédio
O tédio não me cansa porque há pança:
a graxa na carcaça, a caloria,
a massa me sustentam... E a poupança
suporta mais um ano, uma avaria...
O tédio não me lança nem me alcança,
restringe-se ao limite todo o dia.
A noite sobrevém, mas não há dança.
O tédio não me cansa, me entedia.
Se Cristo não domina a minha vida;
o tédio predomina: condomínio
do fim que jamais finda, que convida
ao vácuo, plenitude do fascínio,
tendência ao abissal, à recaída
à cela que fustiga o raciocínio.
***
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2 comentários:
Feliz Ano Novo
Abraços meus, da Maeles e Malu.
Muita saúde.
Abraço,
Cássio Sam. Saúde e felicidades, extensos à família!!!
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