terça-feira, 2 de setembro de 2014

Desprendimento



Desprendimento

Eu sou do nada, do abandono. Vou
na vida desprendida, no vazio,
no vácuo, na lacuna. Não me guio
por meio de sentidos. Eu não sou.

Prefiro o desapego, o desafio
de ser ao me não ser, suave voo,
adepto do silêncio, que remoo,
do jeito de um bovino, baba a fio.

Talvez indiferença lhes pareça.
Que importa se é diverso, ou se aconteça
de modo bem comum? Não me difere.

É mais ou mais ou menos ou é menos,
é tribo de Titãs e de somenos,
ausência de sentido que se infere.

***  Img in - Curiosidades do Mundo.


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