quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Tao



Tao

Melancolia... Li um exemplar
do Tao, mas não me satisfiz. E penso:
Que merda filosófica sem par!
E a solução de meus problemas? Tenso,

suspiro, já sabendo, não há ar
em meio ao intervalo a que pertenço.
Que sol há de existir se eu acabar?
Que vida há de curtir se estou suspenso?

Desgosto para tudo, o necessário,
o secundário, o ovário, o dispensário,
os sáurios, os robôs, a plenitude.

À puta que pariu dois hemisférios,
devoto uma porção de despautérios,
e à porra do caralho, um ataúde.

*** Img Lao Tse in chinesephilosophers.

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2 comentários:

Nadine Granad disse...

Rico soneto!
Gregório de Matos aplaudiria...
Mil sentidos em versos... ainda estou a deglutir!...

Abraços =)

BAR DO BARDO disse...

GM... que rico!

Grato, NG!