domingo, 22 de março de 2009

Humanidades

Humanidades

Um homem solitário que se esquiva
Daqui e por ali, pela rotina,
De súbito suspenso, se confina
Sem fim. Simplicidade nele priva

Do cítrico que hidrata a permissiva
Papila. Não é simples nem latrina,
É justo um ideal, é papa fina,
A fim de que tal homem sobreviva.

Sorrindo sinestésico, um esteta
Nas tetas de sua Musa, no deleite
Maior da criação, como uma fuga

De pulga atrás da orelha, desinfeta.
O espírito liberto que se deite,
Enquanto o ser humano não despluga.

(Andam dizendo por aí que eu escrevo difícil... Mas eu também sei escrever fácil. Acabei de escrever, viu? De novo: fácil.)

Em tempo: li um poema, não me importa se ele é difícil ou fácil, que me fez chorar. Estou dizendo que a Adriana Godoy escreve muito bem. O poema é "o que vou deixar para os meus filhos?" .

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