quinta-feira, 28 de maio de 2009

Amor, amor, amor

Alguns dizem, respeito-lhes a assertividade, que apenas Jesus Cristo é amor. Eu, contudo, flertando direto com a completude de minhas imperfeições, sempre tive uma quedinha pelas mulheres e, confirmo, não pode existir amor sem mulher. Agora, mulher sem amor, putz!, existe também. Mas eu insisto! Em quê? Em quem? Ah, vamos aos poemas.


Amor, amor, amor

Amor, amor, amor, o sentimento
sentido com que sinto como certo.
Sei lá! Isso será?! Sei que decerto
preciso de senti-lo com acento,

vigor, em exagero, um alimento
vital, uma tragédia em que desperto,
comédia às genitálias em aberto,
perigo, o que há de bento e de sebento.

Cabeça que se quebra quando parte,
destina-se ao quadrante em seu olhar,
seus lábios, seu país. Como um tumor

no cérebro se alastra, como a arte
no seio de alabastro, como o lar
em seu solo solar: amor, amor...



Amor

Amor é baboseira, e que tamanha!
É leso com leseira que não cura!
É curra sem carinho, picadura!
É teia entretecida pela manha!

Amor é uma derrota que, arre!, ganha!
É beijo de judeu à face pura!
São répteis que se comem com fartura
de crias, acepipes das entranhas!

O diabo que o carregue para mim,
por Deus!, porque eu preciso do suplício
de vez, pelo revés do meu avesso!

Amor se desenvolva porque sim!
Ao fim, que eu seja escravo desse vício!
O fim que nem sequer teve começo...
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