sábado, 30 de maio de 2009

Canção



Canção

Se flor, se borboleta, não se sabe...
A cor sobre a paleta do fascínio,
fac-símile do belo que não cabe
no súbito cutelo do assassínio.

São lâminas finíssimas da FAB?
É o sabre pelo fim do raciocínio?
Se flor, se borboleta, o que se gabe
desabe sobre o céu, seu vaticínio.

Do luto todo preto na tarjeta
da caixa de remédios para o plim,
a pílula dourada do condão.

Transportam-se a lagarta de sarjeta
e o pó de uma mobília de cupim
à flor e à borboleta da canção.
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