terça-feira, 1 de setembro de 2009

Alz...






Alz...

É deste manicômio o sentimento,
o senso de uma perda consciente,
sentida como falta ao calçamento
um paralelepípedo recente.

Aos poucos vai se abrindo um monumento...
abisso, o bojo côncavo, o solvente
que absorve e vai dragando o são memento,
o pó no mosto plúvio decadente.

Revolve-se com o vento e se enriquece,
e tudo contribui para o vazio,
silêncio consentido, sem um ai.

Em coma, à galeria que lhe esquece,
desmama-se da luz e é por um fio
no túmulo da gênese do Pai.


*** Em tempo: Moacy Cirne, hoje, compartilhou-me em seu Balaio Porreta.
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