quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Demoiselle de chambre












Demoiselle de chambre

Problema vertebral desde nascença,
A pobre coitadinha travadinha
Na cama por um tempo que dispensa
A vida de criança. A bonequinha

Dileta confidente não compensa
O crime do silêncio de sua espinha
Em forma de terror, em desavença
Completa com a celeste e santa linha.

A fêmea corcundinha não se esquece,
Em púbere tormento glandular,
Hormônios despejando o dom indócil:

Precisa de ter filhos e seu lar,
Um homem que ame seu tecido ósseo,
Entrar na igreja com o vestido em "S".




*** O Balaio Porreta publica minha "Canção de amor". Se puder prestigiar...
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