Old clock - in Deviantart
Crônica
As Parcas na cesura que desfia...
O corpo na clausura em que me basto.
O tato sobreleva-me na via.
O gosto me tempera com seu gasto.
Os pássaros cantando, melodia.
As luzes se tingindo para o vasto.
À música do mundo, um novo dia.
O mundo dos meus olhos é o meu pasto.
E tudo se comunga numa rede
Caótica, sistêmica, sincrônica,
De mim e toda gente de não senso.
Assim é que os sentidos têm mais sede,
Assim que se concedem numa crônica
De gritos e gemidos ao consenso.
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