domingo, 6 de junho de 2010

À fábrica de sonetos





À fábrica de sonetos

Padrão de qualidade não tem hora;
É sempre para mim, me soa leve,
Rotina a ser cumprida sem demora,
Trabalho de poeta que não deve

Nem teme. Perfeição não é de outrora;
De cor, de coração, é como neve
Degelando-se, efêmera por fora,
E eterna no mistério que se inscreve...

À lei da completude, pois, componho:
Além do que é real, o que é de sonho;
Além do coração, a inteligência.

Se querem-me de clássico, concedo:
Já disse que é da forma, não do medo,
Que nos aflora o que há de luz e essência.


*** Ainda estou sem net, sorry!
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