sábado, 5 de novembro de 2011

Ao pó do paço



Ao pó do paço

Apanhar uma flor no verde mar
e a fruta furta-cor celestial,
colhê-las, em oferta ao festival
de bestas palestrando, que penar.

Ouvir é punição, vou arrumar
um jeito de encarar cara-de-pau,
empunho-me de luzes e, bau-bau,
eu mando essa galera se empenhar

no estudo do vernáculo, no cru
do mundo da gramática, compor
ao menos um discurso menos cu,

propostas para assim contrapropor,
tirar o pó do fundo do baú,
e não ponhar onde tiver que pôr.

*** O tríptico O samba das ninfetas inda está no Poema Dia.
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