Ao pó do paço
Apanhar uma flor no verde mar
e a fruta furta-cor celestial,
colhê-las, em oferta ao festival
de bestas palestrando, que penar.
Ouvir é punição, vou arrumar
um jeito de encarar cara-de-pau,
empunho-me de luzes e, bau-bau,
eu mando essa galera se empenhar
no estudo do vernáculo, no cru
do mundo da gramática, compor
ao menos um discurso menos cu,
propostas para assim contrapropor,
tirar o pó do fundo do baú,
e não ponhar onde tiver que pôr.
*** O tríptico O samba das ninfetas inda está no Poema Dia.