Saci-Pererê - do grande Ziraldo
Os sacis da página 71
Sacis ‘tão de tocaia no meu texto,
com pito na bocarra vão pitando,
vêm silvos temerosos em protesto,
que são contra meus erros; esse bando
que surge me assustando sem cabresto
macula-me; em meu livro vou listando
coisinhas nada a ver, mas eu detesto
dizer que claudiquei, não me culpando.
Passou nas revisões, mas é detalhe
que dentro do conjunto nem se nota,
um hífen, uma vírgula, quem malhe
não há, não há de haver uma chacota.
Só eu, apenas eu é que avacalhe:
“Compete-lhes as sobras...” Que idiota!
*** Detonei o livro de crônicas de Lucilene Machado, Biografia de Amores, e falei um pouco sobre uma comédia do, pasmem!, sr. Lars von Trier, lá na Semana On-Line.
13 comentários:
Esses sacis estão sempre aprontando. São moleques, assim como os poemas, por isso cabem neles, como você muito bem soube colocar.
Bardinho, vc detonou mesmo a mulher, ou melhor, o livro da mulher. Crontos???
Estou na escola, mas quando chegar em casa vou verificar esses sacis, que devem ser minúsculos e pouco ativos.
Vou te malhar, cara, pode acreditar. Uma vírgula que seja, um hífen, não vou lhe perdoar!! hahahahahahahahahahaha!
Beijo
Ana,
ainda que saibamos bem essa maravilhosa língua dos portugas, os sacis (brasileiríssimos) não nos dão trégua. Mas, de certa forma, eles protegem a escrita, e isso é bom!
Felicidades!
Adriana,
creio que você (rsrsrsrs) esteja brincando. A Lucilene escreve bem pra ca... ramba! É que eu não consigo fazer uma resenha formal, daí fico brincando com o texto dela e com o meu.
Os sacis a gente só vê na floresta alheia, essa é uma lei da literatura, não tem jeito de mudá-la.
Rsrsrs - ei, você estava brincando mesmo?!...
Beijo!
Agora fica devendo aos curupiras, senão vão te seguir pelo campo
Leonardo Lamarão
Pois, Leo, vão me seguir pelo campo das letras, sem dúvida!
Não sou crítico de nada mas seu livro é excelente. Devemos ser sacis como Leminski, Torquato Neto, Waly Salomão, Cruz e Souza, Glauco Matoso que você tanto gosta.
Seu texto sempre muito bom mestre.
Abração.
Cássio,
viva a sacizada!
Abração!
Marcos,
apois, não me deixam por nada nesse mundo. Ai, mizifio!!!
Lógico que tava brincando. Sua resenha tá boa demais, e eu gosto de provocar...No mais, é isso. Conheço um pouco seu texto e sei de suas palavras ao avesso. Tá bom, Bardinho, mas que vc detonou, não tenho dúvida...Beijo
Adriana,
também sabia de sua (des)ordem. Beijo. Seja feliz!
Pior fui eu, que certa vez, numa tradução, deixei-me contaminar pela sonoridade do "t" da palavra inglesa e traduzi twenty seven por... trinta e sete. Mais duro de engolir foi que o saci não passou pela minha página e só fui descobrir o mico graças à observação (e correção) de uma leitora...
As sandálias da humildade estão sempre por aí, e não é desvantajoso (apenas dolorido) vesti-la de vez em quando...
Jarbas,
se essas tais sandálias da humildade se referirem a São Francisco, sou por elas.
Há errinhos que passam e normalmente são involuntários. Mas há algumas pessoas que sentem prazer em errar, aí, é complicado, muito complicado.
Felicidades, Jarbas!
Postar um comentário