Como publicar um livro
Não há necessidade de um autor,
nem mesmo de papel por instrumento,
de lápis, de caneta, de leitor:
os temas desenvolvem-se a contento.
Besteira de quem pensa que é escritor,
poeta, ficcionista: seu invento
se dá por autogênese, sem dor,
sem flor, sem fantasia, sem talento.
À guisa de salário, dos otários,
recebe-se um qualquer, para criar
o livro original: lá vem migué!
A malta de iludidos literários
encanta-se à palavra a pulular
diante de seus olhos: que mané!
*** Img - o imortal Paulo Coelho in PCF.
2 comentários:
Boa, Bardo: afinada a escrita como a voz, dos mercenários livreiros foste algoz.
Algo(z) irrompeu desse poema. Ou eu ou ema.... Valeu, Marcelino!
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