sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Ao chefe


Ao chefe

Espero pelo chefe. Está atrasado
de novo. Que desculpa, dessa vez?
Problemas de família, de casado?
As filhas? O gatinho siamês?

Depois, o seu discurso formatado
em curso de MBA, com seu viés
de gringo com promessas, devotado
às metas, ao sucesso: NOTA DEZ!

Se pensa que engambela a maioria
com frágeis argumentos, gestual
robô, de simulacro da alegria,

engana-se, que o grupo delibera
fingindo-se esperança, mas, normal,
já sabe o desespero que lhe espera.

*** Img in tumblr.
Share |

4 comentários:

Marcelino disse...

Fico muito animado quando tu incorres nesse universo gregoriomatosiano (tõ inventando!), com conteúdo voltado para as relações sociais, com um tom humorado, que deixa qualquer crítica leve e palatável.

BAR DO BARDO disse...

GM, pra mim, nunca será General Motors. GGGrato, MMMarcelino.

DM disse...

Com a leitura deste soneto, parece que recuei uns anos (mas não me senti mais novo) - e como tive alguns chefes insuportáveis!

BAR DO BARDO disse...

Saudade, DM, de seus textos.