Um cálice de vinho, ou dois
Um cálice de vinho pra acalmar
o fogo que há no espírito de quem
deseja ardentemente por alguém
a fim de uma conversa à beira-mar.
E caso na conversa não rolar
ao menos um possível “É, quem sabe?”,
um cálice depois é o que lhes cabe,
enfim, educação que vem do lar.
Depois de detonar uma garrafa,
um garrafão, barril, tonel (abafa!),
Fernando de Noronha é paraíso.
Os dois vão vomitando para o quarto,
alinham-se às estrelas feito um parto
de luz na madrugada sem juízo.
*** img: previews.123rf.com
3 comentários:
É o kaos. Entende?
Dois sem juizo na madrugada, entende-se perfeitamente.
Não consegui visualizar dois corpos alinhando-se às estrelas. Seria em posição de vômito, com pés e mãos no chão e corpos arqueados como a abóboda celeste? Seria o vômito um "parto de luz" ao reflexo das estrelas?
É uma escatologia cintilante, Jarbas. Matéria de poesia.
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