Acerca da transcendência
Afirmo que abismar é transcender.
Se firmo que é verdade, quem há-de
dizer ou desdizer, não conceder
a vez à minha voz? Nem mesmo Sade,
não!, nem Masoch e nem Lacan! Você,
leitor deste soneto, tem vontade
de contrapor-se, em suas cãs, seu quê
decrépito de inseto, à majestade?
Se calo, se não falo, sou escravo.
Sou índigo, sou digno, sou divino,
confirmo os meus vocábulos, graúdo,
e grito o que me cala como um cravo
na cruz da cristandade, mas, previno,
mais fala o meu silêncio, sobretudo.
*** Para se ler escutando "The Jesus and Mary Chain" - de preferência o disco "Psychocandy".
leitor deste soneto, tem vontade
de contrapor-se, em suas cãs, seu quê
decrépito de inseto, à majestade?
Se calo, se não falo, sou escravo.
Sou índigo, sou digno, sou divino,
confirmo os meus vocábulos, graúdo,
e grito o que me cala como um cravo
na cruz da cristandade, mas, previno,
mais fala o meu silêncio, sobretudo.
*** Para se ler escutando "The Jesus and Mary Chain" - de preferência o disco "Psychocandy".
Um comentário:
Diz.
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