Polaco
Polaco ou Polaquinho é um senhor,
Um poodle já de idade e meio sério,
Não brinca mas não banca de agressor,
É o sono o que prefere (só é fero
Sem zzz...). Ele se abanca a qualquer canto,
Dali faz seu alegre cemitério
Até que bata o rango, "Me levanto
E espero da ração que tanto quero
No pote de alumínio, com bastante,
Dieta de muitão do bom canino
Com fome de um autleta". Num instante,
De volta a sono e sonho, o meu menino...
Assim é como chamo o meu grão cão:
Polaco, Polaquinho, Polacão.
Anita
Anita é a minha poodle criançola,
Adora brincadeiras e não para,
Direto no portão, ela dispara
À gente que se assusta ao seu isola.
Anita é, como dizem, muito rara,
Simpática sorri quando quer colo;
Me exige petisquinhos, mas enrolo,
E a cara é de "Qual é a tua, cara?!"
É mesmo por demais, uma fofura,
Gracinha do papai, o meu au-au,
Menina que celebra a gostosura
Com a cauda que se abana desigual:
Se chamo sua atenção, me dá uma dura;
Se faço cafuné, é tão legal!
*** Sim, eu amo os meus filhinhos peludos!
*** Lívio de Oliveira apresenta-nos Ron Mueck e publica meu soneto siliconado no Teorema.
*** Ignacio Vázquez apresenta sua pesquisa e consegue me definir a contento lá no Sonsonete de sonetos.