sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Compaixão


Compaixão


Não temo se casares com teu primo.
Não temo se quiseres a sapata.
Preferes monastério? Não te oprimo.
Há flores no que colhes por beata.

Contenho-me a teu pai. Não destruímos
os laços que nos ligam longa data,
eternos em essência nos racimos,
nas ramas, no que em árvore desata.

És filha de meu sangue, plenitude,
da seiva que te nutre, da saúde,
da fonte de mudanças de Sri Shiva.

Renasço por teus atos à amplitude
que engendra ao existires a virtude
de seres quem tu és, a compassiva.


*** Compartilho o refinamento estético de Sônia Brandão .
*** A poeta portuguesa Sylvia Beirute resenha-me a vertente haiku em seu blogue.
*** Estou também acolá: Brazil's Haiku.
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