sexta-feira, 20 de julho de 2012

Remaking...




Remaking...

Em Batman não se vê, pelo que eu saiba,
motivo, do pinel sem terapia
nem droga, para acessos, para a raiva,
tampouco descontar a sua azia.

Das trevas, pois, ressurge o que lhe caiba,
o jovem sem motivo principia
decessos no cinema com saraiva
de chumbo que, no filme, é fantasia.

Crianças ou adultos, não se importa,
parece Columbine, seu remake,
ou cenas em poemas de William Blake,

ou quadros de sir Bacon, ou a porta
que leva para o Inferno, de onde veio
o fogo que dizima o devaneio.

*** Na Semana On-Line deste 21/07, falamos a respeito de dois famosos suicidas, Werther e Cobain, e das fronteiras turco-germânicas filmadas por Fatih Akin.
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8 comentários:

Adriana Godoy disse...

Vc conseguiu transformar a tragédia num poema profundo, triste, mas belo.

É muito louco pensar nessas coisas.

Parabéns, Bardo.

Beijo

byTONHO disse...



Rema-rema o KING!

Bang-bang!
O 'cowboy americano' BATe e aBATe o MAN...

"EU A.cho que a produção deles não se esgota em um filme.
Outros REIS, refilmarão este 'chá...cine'."

oh noT!

:o(

BAR DO BARDO disse...

Adriana,

é a forma que consigo pensar nisso, escrevendo.
Grato!
Beijo!

BAR DO BARDO disse...

Tonho,

é um duelo constante - de si contra si, mas pega muita gente no meio...
Abração!

Leonardo Lamarão disse...

A cada decatemporada forma-se uma tragédia nos yankess.
Columbine, 11 de setembro e outros atos.
Como disse a nobre a Adriana, conseguiste amenizar um pouco esse drama.

Ainda bem que no Brasil não se U.S.A muito desses artifícios e artefatos.
Fotos, a trágedia aqui é paparazzo.

Abraços

BAR DO BARDO disse...

LL,

no Brasil temos muitas outras tragédias, como sabemos. Mas essa nos EUA foi, literalmente, de doer!

Abraço!

piligra disse...

Mais uma vez do tiroteio chega a morte
E alguns perguntam: “O que fiz? Qual a razão?”
Entre rajadas, todo acaso dita a sorte
De quem se lança atordoado pelo chão...

A bela Aurora radiante, calma e forte,
Nunca assistiu de perto a fúria de um vulcão,
A vida faz do medo base de suporte:
Arte que gera toda trágica ilusão...

O sal da morte da pipoca se apossou
Como um demônio que se apossa de um insano,
No corre-corre uma menina atropelou
O próprio medo, sem sentido – kafkiano...

- Eu estava lá quando o massacre começou,
Quando mataram mais um sonho americano!

BAR DO BARDO disse...

Grato, Piligra, pelo diálogo poético. Seu texto nos faz pensar e sentir com intensidade aguda.



Mais uma vez do tiroteio chega a morte
E alguns perguntam: “O que fiz? Qual a razão?”
Entre rajadas, todo acaso dita a sorte
De quem se lança atordoado pelo chão...

A bela Aurora radiante, calma e forte,
Nunca assistiu de perto a fúria de um vulcão,
A vida faz do medo base de suporte:
Arte que gera toda trágica ilusão...

O sal da morte da pipoca se apossou
Como um demônio que se apossa de um insano,
No corre-corre uma menina atropelou
O próprio medo, sem sentido – kafkiano...

- Eu estava lá quando o massacre começou,
Quando mataram mais um sonho americano!

piligra

http://kartei.blogspot.com.br/