Paina
Por
paina, por um ah, por um suspiro,
se
mata por um cisco, por um nada.
A
morte por tão pouco, dá-se um tiro;
ou
vai-se de arma branca, uma facada;
uma
injeção letal, feito um vampiro,
vampiro
que inocula a definhada
poção
para abismar-se no retiro
do
Cão. Uma paixão disseminada
no morro carioca, no galpão
gaúcho,
na Finlândia, Palestina,
nas
praias de Macau, qualquer grotão,
por
breve sensação, por, por, enfim,
por
nada, por nadica, a medicina
avessa,
que não cura, não tem fim.
***
11 comentários:
É realmente uma medicina às avessas, que ao invés de curar certas disfunções do corpo humano, nele as infiltra (nesse caso, disfunção como eufemismo).
Um belo soneto.
flw, msk
vlw, lidioselenense
Bom dia!
E puxa...
Bjins
Catiaho Alc.
Grato, Catiaho!
Gostei, Pimenta.
A despropósito, descobri uma composição musical para mim lindíssima, no linque: http://youtu.be/rSo9FxxNg7E . O nome é instigante: "Meio Bach, Meio Boi". Do brasiliense Geraldo Toledo, do grupo Ciartcum.
a cura é seu verso em movimento.
... vi o vídeo meio boi, interessante...
Abç, Jarbas!
cura cu
ura
Oportuno, atual, bonito.
Abraço, Marcelino!
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