Diversos da fé
O Silas Salafrário, o pastoreco,
O Silas Salafrário, o pastoreco,
com quem não deveria, à revelia,
brincou de maioral: “Porque eu não peco
aqui, nem nos terreiros da Bahia!
Porque não tem porquê, porque eu disseco
Porque não tem porquê, porque eu disseco
os cultos africanos na sangria,
detono o Preto Velho a peteleco,
Erês ou Orixás são heresia!”
Em nome de Jesus, o nazareno,
Em nome de Jesus, o nazareno,
ganindo intolerância, seu veneno,
meteu-se o falastrão ao preconceito.
Após uma resposta a sua altura,
Após uma resposta a sua altura,
saiu o “pentecostes” à procura
daquilo que lhe cala. Bom proveito!
*** Img in flyingfarther
4 comentários:
Meu preto, 'cê tá demais. Cara, que texto maravilhoso, deverias publicá-lo em algum periódico impresso, para as pessoas compreenderem que o soneto, essa forma clássica de composição, pode - e deve - estar a serviço do cotidiano; e como fizeste isso ebm, dialogando com o Silas e com o Lenine. Perfeito.
marcelino,
é uma possibilidade. é sempre desvio. é sempre arte.
Pastor qual Malafaia não me engana
Não pensa em Jesus, só fala em grana
é dez por cento dia a dia na semana
Só ódio à divergência dele emana
ana = não
sim = jarbas
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